Pular para o conteúdo principal

Bem Vindxs!


Vivemos um tempo em que nossa existência sempre parece se derreter diante das pessoas, da correria, do próprio vento. Corremos, conversamos, suspiramos, transamos, comemos enquanto andamos, suspiramos mais um pouco, dormimos, acordamos, damos mais um suspiro para recomeçar tudo de novo. Sim, esse é o nosso mundo.
No final, não refletimos o sentido de nada disso. Talvez aceitemos tudo que nos chega facilmente, por necessidade, por cansaço, por querer deixar passar toda essa besteira logo. Nem pensamos, nem vivemos direito, só andamos, corremos, suspiramos...ações, ações, ações.
Esse blog pretende falar dessa coisa toda que chamamos de existência, não apenas pelo viés filosófico. Seja Política, Arte, Literatura, História ou tudo junto, que falemos de humanos, das ciências que estudam nossas relações, ânsias, guerras, expressões e nossos suspiros, claro. Estamos, como estudiosos das humanas, sendo desvalorizadxs e precisamos nos acender ao mundo.
Somos isso tudo junto. Esses seres que somos nós, que nos rodeiam, que nos fazem chorar, rir, relaxar e perder a cabeça. Esse ser que até pensa ser tão grande quanto o cosmos, mas que é um ponto no meio do vácuo. Um pálido ponto, que nem chega a ser a azul, como a Terra, assim diria Carl Sagan. 
Temos muitas cores, muitas faces, muita coisa para falar.
Pelo nosso tamanho, por tudo que fazemos, somos humanos.
Bem Vindo ao Humanito.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Rainha do Ignoto (1899) de Emília Freitas: Redescobrindo Uma Obra Esquecida da Literatura Brasileira.

  Lançado no ano de 1899 em uma tipografia fortalezense, o romance A Rainha do Ignoto trazia em seu enredo temas e personagens não muito comuns para a tradição literária da época. Para compreendermos o complexo processo de “memoricídio” pelo qual essa obra passou, retrocederemos até a metade do século XIX para conhecer um pouco de sua autora. Emília Freitas era cearense, nascida em 1855, na região de Jaguaruana, mas na época pertencente a Aracati. Desde a infância, Emília entrou em contato com livros e rodas de conversa em sua casa, que a aproximavam do mundo intelectual. Com a morte do pai aos quatorze anos de idade, sua família acabou tendo que se mudar para a capital, Fortaleza, afim de recomeçar uma nova vida diante das dificuldades financeiras e o baque emocional do luto. É na capital cearense que Emília se forma no Curso Normal, voltado a formação de professoras primárias da época, como também se dedicou aos estudos da Língua Inglesa e Francesa. Além de ficcionista, Emília se...

"A América que os Europeus Encontraram" de Henrique Peregalli.

PEREGALLI, Enrique. A América que os europeus encontraram. - 13ª ed. Rev. Atual. – São Paulo: Atual, 1994. – (Discutindo a história). Com contínuas publicações já feitas, A América que os europeus encontraram é uma obra pertencente a coleção de pequenos livros acadêmicos Discutindo a história , sendo este volume assinado pelo uruguaio radicado no Brasil, Enrique Peregalli. Formado em Filosofia pelo Instituto Filosófico e Teológico do Uruguai, tendo se mudado para o Brasil mediante pressões do governo militar uruguaio, que derrubou sindicatos e movimentos do país, Peregalli também cursou História na USP e concluiu seu doutorado em História da América. Com esse histórico, podemos imaginar um pouco da inquietante narrativa deste estudioso das culturas nativas ameríndias. Dividido em sete capítulos, A América que os europeus encontraram traz ao conhecimento do público uma narrativa de revolta e concernente com nuances marxistas, fazendo de Peregalli integrante do grupo de analistas do...

Algumas Considerações Sobre Édipo Rei de Sófocles

Escrita por volta de 427 a.C. pelo dramaturgo Sófocles, Édipo rei se caracteriza como umas das obras trágicas mais memoráveis já registradas pela literatura.  Tal história, que já foi concebida em diversas versões, em sua concepção original conta a trajetória de Édipo, um jovem que através de um oráculo, elemento típico da religiosidade grega, descobre ser o indivíduo que um dia matará o pai e se casará com sua progenitora. Atordoado, Édipo sai de sua cidade e após um desentendimento com um velho em uma estrada acaba por matá-lo, sem saber que o sujeito é, na verdade, seu pai. Chegando a cidade de Tebas, Édipo conhece Jocasta com quem se casa, tem quatro filhos: Antígona, Ismênia, Polinices e Etéocles e torna-se rei. Anos se passam e quando uma praga ameaça a paz da cidade de Tebas, esterilizando os ventres e a terra, Édipo recebe a grande notícia de que todo aquele antro de horror e morte só acabará quando for descoberta a identidade do assassino de Laio, antigo rei da pólis teban...